Perguntas e Respostas



Dr. boa noite! Meu nome é Jessica tenho 26 anos, sou divorciada a 2 anos e namoro a 8 meses... Gosto de sexo violento daquele que puxa cabelo, morde, arranhar e ainda que me machuca na penetração. Nos outros relacionamentos eu já tinha interesse por esse atos mais agora vejo que está aumentando as práticas dolorosas mais prazerosas! Isso pode prejudicar futuramente minha saúde? E o que fazer? Desde já muito grata, bjss..
Jessica, 26 anos.
Resposta:
Oi Jessica.
Eu imagino como essa prática deve te proporcionar muito prazer. E esse é o motivo que faz você se manter e querer cada vez mais.
Sua preocupação se isso pode te prejudicar, sugere uma preocupação com o lado físico. Mas existe o outro lado que também merece atenção, que é o psicológico.
Pensando no físico, você mesma relata preocupação, e não é para menos. Eu não sei exatamente é no seu caso, mas é comum eu ouvir relatos de participantes dessa prática, na qual passaram dos limites e algo mais grave aconteceu. Em função do prazer no momento, perdemos perder a noção dos limites, é aí que consiste o perigo, pois nessas práticas a pessoa quer cada vez mais.
É muito importante analisar cada caso para entender com detalhes o porquê dessa vontade de obtenção do prazer por essa via - o sexo violento. É aqui que entra o lado psicológico. O prazer obtido por essa forma é o resultado, mas é preciso entender o porquê da necessidade de usar essa via para o prazer. Quando é algo restritivo, perigoso, único, é interessante investigar.
Seria muito se você pensasse na possibilidade de permitir que um psicólogo ouvisse você. Assim haveria a possibilidade de uma melhor compreensão e, quem sabe, se necessário ajudá-la.

Claudecy de Souza
Psicólogo – 06/69861
Terapeuta Sexual
Psicólogo Comportamental Cognitivo
www.claudecy.com.br | contato@claudecy.com.br
Sou praticante de BDSM já a algum tempo. No começo, eram coisas leves, pura brincadeira. Conforme o tempo foi passando fui concretizando esta orientação e aos poucos ela se torna quase fundamental a minha vida sexual. Sou completamente submissa, masoquista, gosto de ser tratada como uma escrava e (pode parecer realmente muito estranho) de apanhar... Realmente gosto disso, me satisfaz. O problema é que tenho sérias dúvidas quanto a estas práticas. Não que elas me façam mal, pelo contrato, sempre seguiram a lei SSC que existe dentro do BDSM (são seguro e consensual). A dúvida é outra... Esta prática pode ter se originado por acontecimentos aos longo da minha infância? Tem relação com o tratamento que recebi de meus pais ao longo destes anos? Seriam consequências inconscientes da maneira como fui criada? Este pensamento me atormenta um pouco... As vezes fico pensando que isto tudo se originou (sem que eu percebesse) da minha criação, de traumas infantis ou sintomas patológicos... Também sou bissexual, gosto de homens e mulheres. Não sei explicar o por que, nem como... Teria esta minha opção sexual alguma relação com meu relacionamento com a minha mãe? Ou o sadomasoquismo alguma relação com o fato de meu pai biológico ter sumido, sendo eu criada por meu padrasto, no qual sempre houveram conflitos?
Fabiane, 18 anos.
Resposta:

Olá Fabiane.
Que bom saber que você está procurando ajuda.
Todos os nossos comportamentos são aprendido. Porém, nem tudo que aprendemos damos continuidade. As que damos, é porque houve sentidos, porque "ganhamos algo". Porém, o que faz com que gostemos disso ou daquilo vai depender diretamente da nossa história, da nossa relação com o meio; a relação com os pais têm muito importância no nosso desenvolvimento, e aí está a complexidade do comportamento humano.
Não da para afirmar que você desenvolver essa maneira de sentir prazer sexual por causa da relação com seus pais, pode ser que sim, mas como eu não a conheço, não tenho como dizer isso.
Quando você fala que tem várias dúvidas com relação a isso e também comenta da sua orientação sexual (e não opção sexual), tenho a impressão de que você está muito confusa, quem sabe tentando encontrar o que causou tudo isso, mas que de alguma forma está te incomodando, quem sabe às vezes gerando angústia.
Penso que tentar encontrar respostas para o por que de tudo isso, não deveria ser o foco principal, mas sim, o que pode ser feito para você viver bem, de modo que você possa se relacionar e viver sua sexualidade de modo saudável.
Todas essas hipóteses que você levantou (pais separados, conflitos com o padrasto, criação, traumas...), são importantes e devem ser levadas em consideração na análise do seu caso.
Seria muito importante você permitir que um psicólogo te conheça que entenda o que está acontecendo com você e então, ajudá-la a descobrir o que causou e/ou desencadeou essas maneira de viver sua sexualidade e as relações sociais.

Um abraço
Claudecy de Souza
Psicólogo – 06/69861
Terapeuta Sexual
Psicólogo Comportamental Cognitivo
www.claudecy.com.br | contato@claudecy.com.br



Claudecy de Souza
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Sou casada a quase dezoito anos. Há pouco mais de dois anos descobri a internet, e o sadomasoquismo, ou bdsm. Fiquei e fico excitadíssima com as coisas que vejo. Adoro fantasiar, porém o meu marido considera isso uma perversão. Só que eu não consegui parar com o encanto. Adoro me "machucar", e visito e mantenho relacionamentos virtuais com Mestres. Isso é normal?
Anna, 36 anos.
Resposta:

Olá Anna.
Nós temos inúmeras maneiras de obtermos o prazer sexual. Essa que você descobriu é uma das maneiras vivenciar o prazer sexual.
Dificilmente algum praticante de SM acha que precisa de ajuda para "resolver" essa questão, pois, para os praticantes não há nada de errado. A questão começa surgir quando essa prática torna-se a única ou a principal fonte de prazer e não se tem uma parceria que compartilha dessa mesma fonte de prazer.
Aos olhos dos outros (não praticantes), essa maneira de vivenciar a sexualidade é estranha, perversa...
Há algumas práticas no bdsm que põe em risco a vida, e isso é uma questão muito séria que necessita de tratamento.
No entanto, se a prática do sadomasoquismo é algo que não incomoda ao casal, não põe em risco a vida ou que ela não se constitua como única fonte de prazer sexual, não temos o que fazer.
Porém, com base na nossa experiência clínica em atendimentos a questões como essa, percebemos que a forma de obtenção do prazer causando no outro "dor" ou sentindo "dor" física ou psicológica, tem nos mostrado que ao longo da sua vida a pessoa aprendeu, sem se dar conta, sentir prazer assim. Não que ela algum dia tenha praticado explicitamente com esse propósito, mas de uma forma subjetiva ela aprendeu a se relacionar desse modo. Assim, tão logo ela consiga perceber que isso é uma fonte de prazer, buscará meios para se satisfazer.

Um abraço
Claudecy de Souza
Psicólogo – 06/69861
Terapeuta Sexual
Psicólogo Comportamental Cognitivo
www.claudecy.com.br | contato@claudecy.com.br



Claudecy de Souza
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