TOC

O que é?

O TOC (transtorno obsessivo compulsivo) é classificado como transtorno ansioso, segundo critérios de diagnósticos do DSM-IV.

O Transtorno obsessivo-compulsivo consiste na combinação de obsessões e compulsões.

O que são as obsessões e compulsões?

As obsessões são idéias, pensamentos, impulsos ou imagens insistentes, que se caracterizam por serem desagradáveis, repulsivos e contrários à vontade da pessoa que são vivenciados como intrusivos e inadequados, causando acentuada ansiedade ou sofrimento. Esses pensamentos não são controlados pela pessoa, simplesmente eles aparecem e a pessoa tem muita dificuldade de se livrar deles. Por exemplo, pensamentos obscenos, um trecho de uma música, uma pessoa religiosa que tem pensamentos pecaminosos. Qualquer um pode ter pensamentos assim, causando no máximo um desconforto, mas com facilidade pode se livrar deles. Já as obsessões são patológicas, elas causam sofrimento e significativa queda no rendimento pessoal e perda de tempo. Como essas pessoas perdem o controle sobre os pensamentos, muitas vezes passa a praticar atos que, por serem repetitivos, tornam-se rituais. Muitas vezes têm a finalidade de prevenir ou aliviar a tensão causada pelos pensamentos obsessivos. Por exemplo, toda vez que ela lembrar que as pessoas podem achá-la feia, precisa ficar diante do espelho e piscar o olho 43 vezes, caso não consiga se livrar do pensando precisa piscar mais 43 vezes, e assim por diante.

Já as compulsões são comportamentos repetitivos, por exemplo, lavar as mãos, colocar as coisas em ordem, verificar se fechou a porta várias vezes, se fechou o gás… Essas repetições também podem ser mentais, como por exemplo, fazer cálculos com as placas de carros, de orar, contar, repetir palavras em silêncio… O objetivo é sempre prevenir ou reduzir a ansiedade ou sofrimento, ao invés de oferecer prazer ou gratificação.

As compulsões normalmente ocorrem em função das obsessões. As compulsões são gestos, rituais ou ações sempre iguais, repetitivas e também incontroláveis.

Os pacientes que tentam evitar esses rituais, relatam que se sentem muito angustiados, ficam muito tensos e o sofrimento grande, por isso sempre cedem às compulsões.

É importante esclarecer que essas pessoas nunca perdem o juízo a respeito do que está acontecendo consigo e percebem o absurdo ou exagero do que está se passando; mas como não sabem o que está acontecendo, temem estar enlouquecendo, e pelo menos no começo tentam esconder seus pensamentos e rituais. No transtorno obsessivo-compulsivo os dois tipos de sintomas quase sempre estão juntos, mas pode haver a predominância de um sobre o outro. Um paciente pode ser mais obsessivo que compulsivo ou mais compulsivo do que obsessivo.

Quais são os sintomas?

Apesar de o TOC ser classificado como um transtorno de ansiedade por causa da forte tensão que sempre surge quando o paciente é impedido de realizar seus rituais, não ansiedade o principal norteador, mas sim, os pensamentos obsessivos e os rituais repetitivos.
Obsessões mais comuns:

•    Medo de contaminar-se por germes, sujeiras (evita-se pegar em dinheiro, cumprimentar as pessoas com a mão, tocar em maçanetas públicas…)
•    Imaginar que tenha ferido ou ofendido outras pessoas
•    Obsessão de cunho sexual (são pensamentos de fazer sexo com pessoas impróprias, pensamentos obscenos, imagens pornográficas…)
•    Pensamento de armazenar e ou poupar (são idéias fixas de que precisa guardar as coisas, de colecionar, não poder desfazer dos objetos guardados, pois um dia será útil, poupar dinheiro…)
•    Imaginar-se perdendo o controle, realizando violentas agressões ou até assassinatos
•    Dúvidas morais e religiosas (são dúvidas freqüentes com o fato de não confiar em si, não ter certeza de que fez tal coisa…)
•    Pensamentos proibidos

Compulsões mais comuns:

•   Limpeza e lavagem para descontaminar
•   Repetir determinados gestos
•   Deixar as coisas em ordem ou simétricas
•   Verificar se as coisas estão como deveriam (porta trancada, gás desligado…)
•   Tocar objetos
•   Contar objetos (livros, azulejos, letras…)
•   Atos mentais (rezar por muito tempo, repetir uma frase para evitar um acontecimento ruim…)
•   Colecionar coisas (vidros de perfume, livros, jornais, revistas, filmes…)
•   Repetição (ligar de desligar o interruptor de luz, escrever a mesma frase, entrar e sair pela mesma porta, abrir e fechar a porta…)
•   Compulsões diversas (vestir a roupa sempre num determinado lugar, só de uma determinada cor, comprar carro da mesma cor, deixar um objeto virado para determinada posição…)

Tratamento

Estudos mostram que o tratamento mais adequado é a combinação de medicamentos com a terapia comportamental que isoladamente também apresentam bons resultados, assim como os remédios. A combinação desses tratamentos é superior ao uso isolado de cada um deles.
No entanto, é preciso avaliar cada caso, a gravidade, o contexto em que aparece essa dificuldade.

Muitos casos que atendi em terapia, foram necessários o uso de medicamento paralelamente. Porém um número significativo de pessoas respondeu muito bem ao tratamento sem medicação, pois o contexto ambiental de cada um permitiu que respondessem bem ao processo da terapia comportamental.

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